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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

COMO FUNCIONA A ANESTESIA?




      A anestesia é um procedimento temido por grande parte das pessoas, mas é muito importante saber que, além de evitar a dor e o sofrimento durante uma cirurgia médica, ela ajuda também a garantir o bem-estar, relaxamento e conforto do paciente.

      Antes de existir a anestesia, até meados do século 19, as pessoas sentiam todas as dores da operação e, por isso, o cirurgião era obrigado a trabalhar rápido, para diminuir o sofrimento.

      Com o surgimento da anestesia, esse sofrimento desapareceu, o que mostra a relevância do procedimento para diminuir o incômodo do paciente e fazer com que ele durma e fique confortável e relaxado.

      No entanto, como muitas pessoas ainda ficam receosas em relação à anestesia, há uma resolução do Conselho Federal de Medicina que garante que o paciente tenha o direito a uma consulta com o anestesista antes da cirurgia - segundo os médicos, não é indicado que esse contato ocorra apenas horas antes da operação.

      O alvo principal da anestesia, sempre, é eliminar a dor, ou seja, produzir aquilo que os médicos chamam de analgesia. A dor é uma espécie de sirene do organismo. "Assim como existem terminações nervosas na pele que detectam o frio, por exemplo, há outras que identificam agressões, como a inflamação de órgão ou um arranhão", explica a professora Judymara, da EPM. Esse sistema de alarme, batizado de nociceptor, manda mensagens na forma de ondas elétricas, que percorrem os nervos periféricos até o cérebro, seu destino final. Ali, podem desencadear as mais diversas reações, desde mecânicas - como levantar o dedo, para não queimá-lo numa chapa quente - a psicológicas, envolvendo todo tipo de sensação relacionada ao sofrimento.

      Nessa consulta, o paciente deve ser bastante sincero e informar ao anestesista sobre problemas de saúde, uso de álcool ou drogas e possíveis reações e anestesias anteriores. Depois dessa consulta, será orientada o melhor tipo de anestesia, que depende muito da cirurgia.

      As anestesias que tiram a sensibilidade apenas de algumas regiões do corpo são a raqui e peridural; a que age em um lugar menor, como um dente ou unha, é a local, já a anestesia geral reduz toda a atividade do corpo, exigindo inclusive que o paciente seja entubado para receber a quantidade suficiente de oxigênio.

      No entanto, existe ainda a sedação, que apenas deixa o paciente relaxado, como no caso de uma endoscopia.

      Segundo o ginecologista José Bento, no caso da anestesia raquidiana, geralmente utilizada nas cesarianas, é dada uma injeção que ultrapassa as camas que protegem a coluna vertebral e penetra na última antes da medula.

      Em alguns pacientes, nessas situações, pode vazar um pouco de líquido que envolve o cérebro e, por causa dessa diminuição desse líquido, pode ocorrer dor. No entanto, depois que o buraco da injeção fecha, essa dor passa.

      Antes da cirurgia, inclusive, é extremamente importante que o paciente cumpra o jejum de, no mínimo, 6 horas.

      Essa recomendação é feita porque, com os músculos relaxados, o paciente perde a capacidade de tossir e expulsar os alimentos que podem entrar nas vias respiratórias e, se ele tiver ingerido algum alimento, há o risco de esse alimento ir parar nessas vias e depois nos pulmões, causando uma pneumonia difícil de tratar.

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