Certamente um dos maiores lutadores e mais técnicos do UFC, com amplo domínio de artes como jiu-jítsu e o boxe tailandês. Além de sua habilidade e energia física, o incrível lutador Anderson Silva tem uma força mental superior à maioria dos seus adversários. "Muitas vezes, ao prestar atenção nos olhos do adversário eu percebo que ele entrou derrotado", diz.
Com pais que não tinha condições financeiras de manter o ainda garoto Anderson, ele foi criado por um tio policial que fazia o tipo linha-dura. "Ele me ganhava no olhar", diz o lutador. "Sempre que me encarava de um certo jeito, eu sabia que a coisa ia ficar feia para o meu lado".
Apanhando mais do que batendo, Anderson Silva nem sempre foi bom de briga. Na sua infância e adolescência, mais apanhou do que bateu. "Eu fazia o tipo folgado, que não levava desaforo para casa", diz. Por folgado, leia-se atear fogo no quarto de casa e jogar pedra nas pessoas, como fez algumas vezes. "Até os 16 anos, briguei bastante, mas, como era magrelinho, sofria nas mãos dos mais velhos". A disposição para encrencas diminuiu quando o atleta começou a praticar as artes marciais. "Fiquei mais tranquilo, sem aquela fissura de sair arranjando confusão por aí".
Nos Estados Unidos, adotou o apelido "The Spider" e já posou para fotografias como se fosse o Homem-Aranha. "Gosto dele porque é o único herói que precisa trabalhar para sobreviver." Em fevereiro de 2011, na pesagem antes do duelo contra o também brasileiro Vitor Belfort (vergonha nacional), Anderson apareceu usando uma máscara. Era uma reposta a uma declaração de Vitor Belfort, que o havia chamado de "mascarado". Em outra ocasião, provocou o compatriota Demian Maia enquanto o enchia de socos e pontapés. "Vambora, levanta, playboy!", gritou Anderson Silva para toda a platéia do octógono ouvir.
Faixa preta em jiu-jítsu, Anderson não perde uma luta há cinco anos. Mais incrível ainda: ele jamais deixou a arena de oito lados com lesões sérias: "Nunca sofri um aranhão", diz. "Já machuquei jogando futebol, vôlei e até pulando corda. Lutando, nunca." Na carreira, o atleta contabiliza 31 triunfos e apenas quatro derrotas. Para os organizadores do vale-tudo, modalidade que surgiu no Brasil e que permite o uso de golpes de todas as artes marciais para liquidar o oponente, Silva é o maior lutador de todos os tempos, verdadeiramente uma lenda. Resultado disso: seu cachê, de 2,5 milhões por luta, é o mais alto da categoria e tende a aumentar na mesma proporção em que sua popularidade cresce a cada dia. Mexendo com os instintos mais primários do ser humano. "É que torno fácil uma coisa que para maioria das pessoas parece muito difícil".
A gestão da carreira do lutador é mantida pela empresa '9ine', do ex-jogador Ronaldo Luís Nazário de Lima. Desde 1º de agosto de 2011, Anderson Silva é lutador contratado do Corinthians, do qual é torcedor. Também é patrocinado pela rede de lanches Burger King e pela rede de calçados e roupas Nike. É patrocinado também pela cerveja americana Budweiser.
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