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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

CARNE DE CACHORRO - A POLÊMICA TRADIÇÃO NA COREIA DO SUL




      A carne canina é uma iguaria para muitos sul-coreanos que, especialmente no verão, desfrutam de pratos elaborados com este animal apesar da rejeição de uma crescente minoria.
 
      O consumo de carne de cachorro ou 'Kaegogi' na Coreia do Sul é uma tradição de milhares de anos e se pratica de forma ocasional por ser um prato relativamente caro (de R$ 25 a R$ 40 por pessoa) e só disponível em restaurantes especializados.
 
 
      "É delicioso e não se pode comparar com o porco ou o boi", afirmou à Agência Efe Park Bit-garam, um estudante de engenharia de 23 anos, enquanto saboreava uma sopa de cachorro em um humilde restaurante do mercado de Moran, ao sul de Seul, famoso pela criação de cães para consumo humano.
 
 
 
      As lojas do mercado de Moran exibem jaulas com cachorros sem raça específica ou 'Ddongke', cujo destino é serem sacrificados, depilados e fervidos para se transformar em carne por peças a pedido do cliente - particular ou restaurante.
 
      Sem mal desviar o olhar do prato, Park relatou, entre distantes latidos como som de fundo, que foi seu pai que, quando ele era pequeno, o levou pela primeira vez para comer 'Boshintang', a mais popular 'sopa estimulante' de carne de cachorro com diversos vegetais, sal e temperos.
 
      Pai e filho desfrutam duas ou três vezes ao ano esta experiência gastronômica na qual estreitam sua cumplicidade longe das mulheres da casa, mãe e irmã, que fazem parte da imensa maioria da população feminina do país que considera repugnante comer cachorro.
 
      Na Coreia, o cachorro é considerado tradicionalmente uma grande fonte de energia e também de virilidade masculina, algo que MoonHyu-Kyeong, presidente da Associação Coreana de Nutrição, atribui à sua alta contribuição de proteínas em uma dieta caracterizada, especialmente no passado, pela escassez de carne.
 
 


Fonte: Veja

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