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sexta-feira, 24 de maio de 2013

A ORIGEM DO SÃO JOÃO




      As festas juninas são uma herança européia que chegou ao Brasil por intermédio dos portugueses, época da colonização (1500/1822). Às tradições, o povo brasileiro acrescentou os elementos locais, como: forró, milho, aipim, tapioca, etc.


      Das missões francesas (século XIX), o povo brasileiro incorporou a "quadrille" (quadrilha), que é uma dança de pares, característica dos casamentos na França na Idade Média.



      Para os católicos, as festas juninas são uma homenagem aos santos com aniversário em junho - Santo Antônio (13), São João Batista (24) e Pedro (29).



      A história também registra a existência de festas semelhantes antes mesmo de o Cristianismo virar a religião oficial de Roma (século IV). Na Europa Antiga, os povos faziam festas com danças, comidas e bebidas, para reverenciar o Sol e a chegada do verão. Era a celebração do solstício de verão - momento em que o sol atinge sua maior declinação em latitude, e o dia se torna mais longo do ano. No hemisfério Norte, ocorre no dia 21 de junho e, no hemisfério Sul, em 21 de dezembro.



      No Nordeste, os festejos juninos coincidem com o solstício de inverno e com a época da colheita do milho. Por isso, a maior parte dos quitutes são feitas com o grão, a exemplo da canjica, da pamonha e do bolo de fubá.



      Brasil e Portugal mantêm até hoje o costume de homenagear com festas os santos com aniversário em junho. As comemorações são bastante populares no Nordeste do Brasil, em Portugal continental e nos Açores.



      No Brasil, as comemorações se concentram entre os dias 23 e 30 de junho - semana em que se comemoram os aniversários de nascimento de São João (24) e de morte de Pedro (29).



      Normalmente, Santo Antônio é homenageado com celebrações ecumênicas no dia 13. Em todas as regiões, principalmente nas cidades do interior, as igrejas e as comunidades organizam missas e procissões em sua devoção, mas é São João o santo reverenciado com as grandes festas.



      Os Estados que realizam os maiores eventos são Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Nesses locais, crianças e idosos se divertem com concursos de quadrilhas, queima de fogos de artifício, fogueiras, barracas de comida espalhadas pelas ruas e brincadeiras, como pau-de-sebo (pessoas tentam subir num mastro untado com sebo de boi).



      Quem chega no fim do mastro, recebe pequenos prêmios, como doces, brinquedos de plástico e bichos de pelúcia) e a cabra cega (adultos e crianças de olhos vendados tentam romper com pauladas um pote de doces e brinquedos que é amarrado no alto de um pau. Cada um tem três chances para tentar quebrar o pote. Quando ele é rompido, os participantes se amontoam para pegar os doces caídos no chão.



      Um costume antigo ainda é realizado nas cidades pequenas do Nordeste brasileiro - o de visitar as casas. Amigos se reúnem em grupos e vão por toda a cidade, batendo de porta e perguntando: "São João passou por aí?" Quem responde sim, convida os visitantes para comer, beber e dançar forró.


      As mesas costumam ser fartas e têm amendoim e milho assados e cozidos, canjica (doce feito com farinha de milho, leites de vaca e de coco, canela, cravo, sal e açúcar), pamonha (doce feito com milho verde, açúcar e coco ralado), bolos de aipim, de milho de fubá (massa feita com milho), cuscuz de tapioca, pipoca e licores variados - os mais populares são os de maracujá, de jenipapo e de coco.

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