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quinta-feira, 23 de maio de 2013

COMO FUNCIONA UM REVÓLVER?




      Em 1830, quando tinha apenas 16 anos, Samuel Colt saiu de casa e arrumou um trabalho em um navio com destino à Índia. Em seu tempo vago, ele divertia-se com desenhos de uma nova espécie de arma, uma que poderia disparar repetidamente sem precisar ser recarregada. Embora inúmeras armas de repetição já tivessem sido desenvolvidas, nenhuma delas havia se tornado popular com o público, geralmente porque eram complicadas e de difícil manejo.


      Baseado em um cabrestante do navio, Colt desenvolveu um simples cilindro giratório para munição. Inicialmente, as pessoas não ficaram particularmente impressionadas com a nova arma: mas em torno de 1850, a companhia de Colt desfrutou um sucesso fenomenal. Em 1856, ele chegava a produzir 150 armas por dia, apenas para dar conta da crescente demanda.



      Extremamente simples e de altíssima confiança, a arma teve um profundo efeito social nos Estados Unidos e, mais tarde, no resto do mundo. Armado com um revólver, qualquer pessoa poderia matar em questão de segundos. Guerra, crime, aplicação da Lei e até mesmo discussões cotidianas encontram um elemento novo e letal.



      Os primeiros revólveres usavam pólvora, balas e cápsulas como as antigas pistolas de cápsulas explosiva. O atirador carregava cada uma das seis câmaras no cilindro com pólvora e um projétil e depois posicionava seis cápsulas explosivas nos bocais correspondentes. Embora o procedimento do carregamento fosse tedioso, um atirador poderia ter seis rodadas totalmente preparadas com antecipação.



      Na década de 1870, esses modelos foram substituídos por revólveres que usavam cartuchos de bala, em vez de pólvora e cápsulas. Os cartuchos são uma combinação de projétil (a bala), propulsor (por exemplo, pólvora) e estopim (a cápsula explosiva), todos encerrados em uma cápsula metálica.



      Em um revólver moderno, os cartuchos são carregados em seis câmaras, cada um podendo ser posicionada na frente do cano da arma. Um martelo carregado por mola é posicionado no outro lado do cilindro, alinhado com o cano. A idéia é armar o martelo para trás, alinhar um novo cartucho entre o martelo e o cano e, em seguida, liberar o martelo puxando o gatilho. A mola lança o martelo para frente, atingindo assim, o estopim. O estopim explode, inflamando o propulsor que expele a bala para fora do cano.



      O interior do cano é forrado com estrias espiraladas que giram a bala para dar mais estabilidade. Um cano longo proporciona estabilidade, visto que gira a bala por mais tempo. A extensão da bala aumenta também a velocidade da bala, pois a pressão do gás acelera a bala por um período de tempo maior.



      Nos primeiros revólveres, o atirador tinha que puxar o martelo para trás antes de cada tiro, e então puxar o gatilho para liberá-lo. Nos revólveres modernos, um simples puxão no gatilho força o martelo para trás e o libera.



- Sequência de eventos em cada disparo:


  • A alavanca do gatilho empurra o martelo para trás;
  • Ao se mover para trás, o martelo comprime a mola na coronha - o cabo;
  • Ao mesmo tempo, uma lingueta ligada ao gatilho impulsiona a catraca para girar o cilindro. Isso posiciona a próxima câmara da culatra na frente do cano da arma.

  • Outra lingueta aloja-se em uma pequena depressão no cilindro. Isso estaciona o cilindro em uma posição particular de modo que fique perfeitamente alinhado com o cano;
  • A mola comprimida impulsiona o martelo para frente. O gatilho no martelo se estende através do corpo da arma atingindo o estopim. O estopim explode, inflamando o propulsor;

  • O propulsor queima, liberando um enorme volume de gás. A pressão do gás impele a bala para fora do cano. A pressão do gás também provoca uma expansão no cartucho da bala, fechando temporariamente a culatra. Todo o gás em expansão empurra para a frente melhor do que para trás;
  • Para recarregar, o atirador pode colocar os cartuchos um a um nas câmaras ou carregar seis de uma só vez com um carregador rápido, basicamente, um pequeno cabo de metal com cartuchos fixados na posição correta.
      Nos revólveres de dupla ação, o atirador pode também puxar o gatilho para armar e disparar ou empurrar o martelo para trás com antecipação. A vantagem de armar o martelo primeiro é que o gatilho se move mais facilmente quando é disparado.

      Evidentemente, é mais fácil usar um revólver do que usar uma espingarda de pederneira ou uma cápsula explosiva. O atirador pode carregar seis tiros de uma vez e necessita somente puxar o gatilho para disparar. Entretanto os revólveres parecem muito limitados em relação às novas tecnologias: o atirador deve puxar o gatilho para cada disparo e parar para recarregar com regularidade. Em um campo de batalha, o revólver não é páreo para as modernas armas automáticas.

      A duração da popularidade dos revólveres se dá pela simplicidade de seu desenho. Tudo se encaixa tão bem, que é muito raro as armas emperrem. E visto que elas são feitas com um número relativamente barata sua fabricação. Para defesa de propriedades e crimes é adequada e de preço acessível.

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