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segunda-feira, 20 de maio de 2013

APOSTILA DISTRIBUÍDA PELO GOVERNO DO RIO DIZ QUE BELÉM É A CAPITAL DE PERNAMBUCO




      São muitos os problemas da educação no Brasil. A maioria deles, de ordem estrutural, e por isso mesmo de maior complexidade, demandam soluções mais demoradas, até porque dependem da iniciativa parlamentar, o que não é prioridade do nosso político, que além de preferir o povo ignorante, o que facilita sua manipulação, preocupa-se unicamente com a promoção, pessoal como aconteceu na história do jogo Banco Imobiliário Cidade Olímpica, brinquedo criado pela Estrela com o intuito flagrante de fazer a propaganda da gestão de Eduardo Paes, prefeito do Rio, e que custou R$ 962,4 mil aos cofres públicos, dinheiro que saiu do Fundo de Manuntenção e Desenvolvimento da Educação Básica - FUNDEB, doado pelo governo federal para aplicação na Educação Básica. A coisa só não foi adiante em razão da pressão exercida pela mídia e por diversos segmentos sociais. Alguns destes problemas, porém, seriam facilmente resolvidos apenas com um pouco mais de atenção e seriedade daqueles que lidam com as questões relativas ao tema. Agora vamos ver esta história:

      Rodrigo de Alencar, 26 anos, auxiliava nas tarefas escolares do primo, um aluno com déficit de atenção do quinto ano da Escola Municipal Professor Augusto Cony, na Taquara, Zona Oeste do Rio de Janeiro - RJ, quando sua atenção foi despertada para alguns erros na apostila do garoto. Na página 11, da MP5 do 2º bimestre, nome dado ao material didático, uma tabela onde estão relacionados os Estados da Região Nordeste ensina que Belém é a capital de Pernambuco e que a Paraíba, cuja sigla seria PA (e não PB), tem como capital a cidade de Manaus. O material também apresenta erros de padronização dos numerais, o que dificulta o aprendizado. Numa mesma página, por exemplo, o número "75.468" é dividido por um ponto, o que já não acontece com o número "8400", grafado de forma diferente.

      Os problemas de editoração, segundo Silvia Alencar, a mãe do garoto, são comuns no material didático distribuído pela prefeitura.

      - Os erros são constantes. No ano passado, a professora chegou a pedir para os alunos apagarem palavras da apostila com liquid paper ou então pularem a matéria. Sei que não é um problema da escola, que tem professores muito competentes. O problema é que o governo não está nem aí para nada. Não existe filho de nenhum deles (governantes) estudando no Brasil. Vão para o exterior estudar e voltam para sacanear o povo - reclama, indignada.

      A queda de qualidade no que se relaciona ao material escolar é indiscutível. Há alguns anos atrás, o material didático que chegava às escolas municipais tinha impressão colorida, o que não mais acontece, já que as apostilas são confeccionadas em preto e branco, num papel inferior e com graves erros de informação.

      Consultada, a Secretaria Municipal de Educação disse que os erros no Caderno Pedagógico de Matemática do 5º ano do 2º Bimestre já foram identificados e a errata encaminhada para todas as escolas da rede na última sexta-feira (11/05), esclarecendo, ainda, que quando situações como essa ocorrem, os professores devem orientar os alunos a fazerem as alterações necessárias. O órgão só não explicou o porquê do kit escolar (cadernos e lápis de cor) oferecido pela prefeitura só chegou às escolas três meses depois do início das aulas.

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